Perícia Grafotécnica

Todo o trabalho de identificação de falsidade ou autenticidade de assinaturas ou mesmo  manuscritos, se dá a partir de um processo comparativo, ou seja, procedendo-se o confronto entre os grafismos questionados sobre os quais suspeita-se de sua autenticidade, com outras amostras autênticas, lançadas pela pessoa a qual foram atribuídos aqueles primeiros.


Essas amostras que serão comparadas, devem respeitar a alguns princípios. Preferencialmente devem ser contemporâneas à peça questionada, ou seja, devem ter sido lançadas em intervalos de tempo o menor possível em relação à assinatura em questão. O intervalo de tempo recomendado pode variar dependendo de cada caso, em geral recomenda-se o período médio de três anos. Devem também ser em quantidade suficiente para que, a partir delas, seja possível identificar características únicas de um punho escritor, hábitos gráficos que dão identidade àquele lançamento. Por fim, devem ser adequadas em termos de ambiente (tipo de papel, tipo de instrumento escritor, dentre outras), tudo isso para que se realize uma análise completa e com elevado grau de certeza em relação aos seus resultados.


A identificação de autenticidade ou falsidade de uma assinatura deve ir muito além da mera observação dos traços, suas semelhanças e dessemelhanças, mas sim a partir de um processo técnico que envolve o uso de equipamentos de ampliação, somado a conhecimentos específicos sobre a escrita manual além de um senso de observação do perito. O produto final desse trabalho se dá com a produção de um documento oficial que apresente suas conclusões com clareza e de forma amplamente fundamentada para que sirva como prova.